Resumo
A necessidade de repensar o campo da psicologia surge das insatisfações que o campo gera quando se trata de compreender a realidade da América Latina. Ou seja, a lacuna que o campo apresenta entre os processos de treinamento em psicologia e o que acontece "fora" da academia. A zona de atrito que pode propor uma psicologia histórica, local, pluriforme, que transcende a subjetividade universal do campo, poderia apresentar dois pontos nodais: a recuperação e resignificação histórica de outras ordens políticas e sociais que contêm diversas subjetividades de nossa América, e a idéia de que o passado pode ser visto como o futuro. Em termos da ferida colonial, que permite a incorporação da cura das "outras subjetividades" excluídas no campo da psicologia. As contribuições na construção de um projeto poderiam começar na recuperação histórica, ou seja, fazer presentes outras histórias que representam outras formas de habitar o mundo e que são produzidas como ausentes pelo pensamento único. Diante da possibilidade de recuperar as experiências e práticas de nossas regiões, surge a possibilidade de um socialismo autóctone, pluralista e raizal, o que implica substancialmente em iniciar um processo de recuperação histórica e cultural. Talvez seja das outras histórias de nossa América e das muitas maneiras diferentes de pensar e sentir nossos territórios, negados pelo absolutismo da ciência colonial e capitalista moderna, que as alternativas para uma nova ordem política e para o desenho de uma psicologia comprometida com nossos territórios e nossas comunidades possam ser organizadas.
Referências
Borda, F. (2008a). El Socialismo Raizal y la gran Colombia Bolivariana: investigación acción participativa. Fundación Editorial el perro y la rana.
Borda, F. (2008b). Orígenes Universales y Retos Actuales de la IAP. Semanario Peripecias, (110).
Borda, F. (2013). Posibilidad y Necesidad de un Socialismo Autóctono en Colombia. Cuadernos del CES, (2).
Borda, F., y Mora-Osejo, L. (2008). La Superación del Eurocentrismo: enriquecimiento del saber sistémico y endógeno sobre nuestro contexto tropical. Academia Colombiana de Ciencias Exactas, Físicas y Naturales.
Castro-Gómez, S., y Grosfoguel, R. (2007). Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Siglo del hombre editores, Universidad central de Bogotá.
De Sousa Santos, B. (2003). Critica de la Razón Indolente: contra el desperdicio de la experiencia. Editorial Desclee de Brouwer.
De Sousa Santos, B. (2009). Una epistemología del sur: la reinvención del conocimiento y la emancipación social. Editorial Siglo XXI.
Escobar, A. (2017). Autonomía y diseño: La realización de lo comunal. Ediciones Tinta Limón.
Fanón, F. (2015). Los condenados de la tierra. Editorial Fondo de cultura económica.
Kusch, R. (1999). América profunda. Editorial Biblos.
Quijano, A. (1992). Colonialidad y modernidad/racionalidad. Perú Indígena.
Mariátegui, J. C. (1975a). La Escena Contemporánea. Editorial Biblioteca Amauta.
Mariátegui, J. C. (1975b). Ideología y política. Editorial Biblioteca Amauta
Mariátegui, J. C. (1975c). Temas de nuestra América. Editorial Biblioteca Amauta.
Martín-Baró, I. (1986). Hacia una psicología de la liberación. Editorial UCA Editores.
Mazzeo, M. (2013). El socialismo enraizado. Fondo de Cultura Económica.
Rivera Cusicanqui, S. (2018). Un mundo Ch´ixi es posible: Ensayo desde un presente en crisis. Ediciones Tinta Limón.
Rolnik, S. (2019). Esferas de la insurrección: Apuntes para descolonizar el inconsciente. Tinta Limón.
Viveiros de Castro, E. (2013). La mirada del Jaguar: Introducción al perspectivismo amerindio. Ediciones Tinta Limón.

Este trabalho está licensiado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Copyright (c) 2022 Hugo Adrian Morales